Nós fomos e somos de um tempo em que acreditámos e acreditamos na honestidade intelectual dos nossos professores, nas diferentes áreas do conhecimento. Nós fomos e somos de um tempo em que usámos e usamos as metodologias mais honestas na tentativa de promover e construir a verdade científica, nas mentes dos que nos acompanham nos processos de ensino/aprendizagem, como seres humanos racionais.
Por Domingos Kambunji
Essas metodologias são avaliadas, todos os anos, por especialistas de Ensino/Aprendizagem, de modo a podermos continuar a desempenhar a actividade profissional para que fomos admitidos. Nós fomos e somos de um tempo em que acreditamos nas sinergias mais construtivas para catalisarem o espírito crítico construtivo e o direito à diversidade de pensamento. Nós somos e fomos de um tempo em que aprendemos e ensinamos que todas as pessoas que necessitam de muitas palavras para dizerem o essencial, utilizado, abusivamente, muitas citações, como balastro, por vezes distorcidas, podem ser especialistas em “lana caprina” mas não são, de certeza, grandes pensadores, opinólogos ou pedagogos.
Esta introdução serve para lançar a discussão acerca de um “cientista” da Universidade do Catambor. Ele utiliza, nas suas dissertações, o Método Oportunístico, querendo fazer parecer que usa o Método Científico. Ele apresenta-se como politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário do Catambor, deputado e historiógrafo do Reigime. Tantos títulos para uma só pessoa parece tratar-se de um exagero, de uma daquelas hipérboles, para tentarem disfarçar os recalcamentos de pequenez, próprias dos que vivem, saprofitamente, à sombra do Reigime, bajulando e venerando os que ainda não conseguiram desencardir as unhas manchadas de sangue, das guerras que aconteceram em Angola durante o período do Socialismo Sanzaleiro Cleptocrático e do Capitalismo Cleptocrático Selvagem, ainda em vigor. Um especialista de tanta coisa só poderá ser especialista de coisa nenhuma.
Este politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário do Catambor, deputado e historiógrafo do Reigime demora-se em grandes textos, que publica num dos órgãos de propaganda e informação do Cabritismo, numa demonstração de narcisismo patego. Ele impressiona, com toda a certeza, os analfabetos literários e sistémicos do grupo paraLamentar da maioria, onde é um dos chefes de fila, mas, para as pessoas bem formadas, demonstra ser um vigarista no que concerne ao respeito pelo Método Científico, que é ensinado nas Ciências Sociais.
Ele organiza as premissas de modo a tentar convencer de que as suas opiniões são honestas. Ele é um cultor da falácia tentando induzir ao sofisma. Os analfabetos literários e os sistémicos pensam que ele é um grande intelectual. Coitados dos pobres de espírito, continuarão a ser, cada vez mais, sepultados nos cemitérios da ignorância e da negligência.
Nós fomos e somos aqueles que não nasceram ontem. Também estudámos em universidades, de grande qualidade, reconhecidas como estando num nível muitíssimo superior à do Catambor. Aí aprendemos a separar o trigo do joio, isto é, a perceber a diferença entre o que é balastro e o que é essencial, importante, honesto.
Nós fomos e somos aqueles que assistiram ao início e à continuação da guerra civil em Angola. Também tivemos amigos e familiares que foram trespassados pelas balas dos participantes nessa contenda. Nós sabemos que o movimento a que pertence esse senhor multitítulos iniciou essa guerra e foi o mais sanguinário dos movimentos que estiveram envolvidos nessa disputa do poder.
Quando esse senhor multitítulos tenta demonstrar que o movimento onde parasita e o seu cabecilha máximo fazem parte de um bando de pombas brancas da paz, só nos resta dizer: senhor politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário, deputado e historiógrafo do Reigime, você é um charlatão que vive e alimenta-se na sombra dos criminosos dessa guerra e daqueles que insistem em a prolongar, para continuarem as ser os senhores poderosos, num país que apresenta dos piores índices de mortalidade infantil do planeta Terra.
A obsessão do senhor multitítulos, nos processos de bajulação e veneração, é tão doentia que até parece tratar-se um um caso de assédio sexual ao “Querido Líder”. O cúmulo dos cúmulos é quando este politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário do Catambor, deputado e historiógrafo do Reigime elogia a capacidade para a oratória revelada nos discursos do “Querido Líder”. Senhor politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário do Catambor, deputado e historiógrafo do Reigime, os discursos do “Querido Líder” são escritos por outras pessoas e este último, na leitura, comete muitas gafes e engasga-se frequentemente. Alguém viu ou ouviu o “Querido Líder” num debate, como aqueles que acontecem nas campanhas eleitorais para a eleição de Presidentes ou Primeiros Ministros da França, Espanha, Estados Unidos, Brasil, Canadá, Inglaterra, etc.? Claro que não, porque as frases feitas pelo comité central do partido dos cabritistas, para serem paridas pelo Querido Líder, são facilmente desmascaráveis como falácias.
Nós observámos o “Querido Líder”, em entrevistas pré-cozinhadas, na televisão, a ler cábulas. O senhor professor da Universidade do Catambor permite que os seus estudantes utilizem cábulas durante as avaliações pedagógicas? Pensamos que deve autorizar, porque, como politólogo, constitucionalista, jurista, professor universitário do Catambor, deputado e historiógrafo do Reigime, demonstra tentar copiar o modelo seguido pelo seu Líder Espiritual, no respeito pela pedagogia sanzaleira utilizada na Educação Patriótica, o “Querido Líder”.
Angola está a ser diGerida pelo Presidente do MPLA. Ele ocupa esse poleiro porque foi eleito, durante o processo de manipulação eleitoral, escondido e protegido, nas listas do partido da “desmocracia cleptómana”.
Essa cobardia eleitoral só vem demonstrar não estarmos na presença de uma personalidade corajosa, bem formada, capaz de enfrentar o contraditório. Tentar demonstrar que esse Chefe do Posto ocupado pelo MPLA é um ser pacífico, iluminado, e honesto será o mesmo que tentar provar que o Estaline, o Hitler ou o Pinochet foram muito altruístas e defensores dos direitos humanos.